Em um sentido muito forte, é possível dizer que um idioma é um pacto coletivo, um horizonte de pertencimento cujas fronteiras se definem apenas nos termos determinados pela vontade de seus usuários.
Sendo essa espécie de “bem comum”, o idioma acaba constituindo um exemplo único de fato cultural de importância central e que só pode ser gerido e determinado pela pulsão coletiva de seus falantes.
Sem órgãos deliberativos, decisórios e de polícia. O caminho que levou ao estabelecimento do português no nosso território, e a riqueza de sua variedade dentro dessa unidade podem ser um dos mais definitivos exemplos do triunfo de certa ideia de Brasil.
O que podemos aprender com a língua em que aprendemos todas as outras coisas? O que o “meio” da nossa cultura tem a nos dizer sobre quem somos, quem fomos e o que seremos?
O presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago covida para a conferênica de Caetano Galindo, da Universidade do Paraná (UFPR).
Caetano Galindo é doutor em linguística pela USP, professor de história do português e docente do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPR, Caetano Galindo é licenciado (português-francês) e mestre (letras) pela mesma UFPR. Traduziu cerca de sessenta livros, do italiano, do romeno, do dinamarquês e muito principalmente do inglês. Há mais de vinte anos se dedica a estudar e traduzir a obra de James Joyce, o que já lhe rendeu os prêmios Jabuti, APCA e da Academia Brasileira de Letras. Tradutor de T. S. Eliot, J. D. Salinger e David Foster Wallace. Autor de Sim eu digo sim: uma visita guiada ao Ulysses de James Joyce e de Latim em Pó: um passeio pela formação do nosso português.
Moderação:
Ligia Fonseca Ferreira, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Maria de Fátima Morethy Couto, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
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Fonte: FAPESP